sábado, 5 de março de 2011

Ah, a tecnologia...

Eu costumo me classificar como um entusiasta da tecnologia. Meus amigos podem atestar isso. Acho o máximo mesmo você poder se comunicar através de emails e celulares, baixar músicas de bandas de garagem do Azerbaijão, saber a opinião de pessoas comuns provenientes de todos os rincões do planeta, as novas perspectivas no tratamento de doenças, televisões 3d, videogames e o escambau.

Emails são as cartas do século XXI, sem deixar nada a desejar. Por exemplo, meu pai mora num sítio no nariz das Gerais, a 1.000 km de distância de mim, e trocamos cartas eletrônicas quase que diariamente, falando sobre o Corinthians, futebol em geral e até sobre coisas menos importantes, como saúde e trabalho. Isso não é pitoresco? Não tenho (e ninguém tem!) paciência praquelas correntes ou pros emails impessoais, mas isso é uma outra história.

Os celulares, por sua vez, fazem os homens se sentirem sempre presentes na vida familiar e, consequentemente, pessoas melhores. Que apetrecho anterior à segunda metade da década de 90, retroagindo até o big bang, seria capaz de facultar às mulheres interpelar os seus homens ausentes a qualquer hora do dia e da noite? Eu posso estar num bar, bebendo com amigos depois do trabalho, e ainda assim não me sentir culpado. Basta fazer uma ligação ou mandar um torpedo dizendo: “Aqui está tudo bem. E aí? Não vou demorar”. Sua mulher fica feliz, você fica feliz e o mundo sorri! Tudo bem, não é bem assim, mas não é culpa da tecnologia.

Poder ler livros digitais também é legal, se você pode fazer isso deitado (basta ter um notebook ou um iPad). Tem muita gente que fala que gosta de sentir a textura do papel, o cheiro do papel, que não abre mão disso e tal. Esquisito demais! Fico pensando que isso é uma espécie de tara sexual. O máximo da libertinagem, diga-se de passagem. Não ligo nem um pouco. E depois que trabalhei por dois anos na Caixa Econômica, quase soterrado na burocracia, jurei pra mim mesmo que concentraria toda a minha inteligência na construção de um futuro livre dos grilhões do papel. Foi nessa época que avaliei seriamente a possibilidade de ser roqueiro, jogador de futebol ou agricultor. Eu me traí, ao me formar em Direito, é verdade. Mas nos momentos de lazer, continuo desprezando o papel.

E poder gravar suas músicas em casa? Hoje em dia você compra uma placa de som, baixa uns programas de home studio e vam bora (minha irmã Lara dirá que não é tão simples, afinal, cadê aquelas músicas prometidas pro verão de 2010? Deixa pra lá). Você tem noção sobre o que significa pra um pseudo-músico ser proprietário de um home studio? Eu gravei umas coisas na época da Mago Veiako, minha saudosa banda, mas não gostava, porque minha voz ficava muito ruim e chegava uma hora que rolava uma vergonha do cara do estúdio e eu não pedia mais pra repetir. Hoje eu gravo em casa e repito infinitas vezes. A voz continua ficando ruim, mas isso também é uma outra história.

Agora, o top top top que a tecnologia pode te proporcionar, muito mais do que viagens espaciais ou congelamento de óvulos, é a possibilidade de baixar músicas pela internet. Não é politicamente correto, reconheço, mas eu comparo essa possibilidade a, a... Não tem nada que se compare a isso! Baixar é estar numa loja gigantesca de discos, onde estão doando tudo, e você sai pegando, pegando, pegando. Talvez seremos presos um dia, mas quem se importa, é tão divertido! Ouvir? Ouvir é legal também, mas legal, legal mesmo é baixar, baixar, baixar. Já pensou que pessoas compulsivas em jogos ou em sexo poderiam ser tratadas com a terapia da baixação? Seria assim: pessoas muito compulsivas seriam tratadas com baixação de músicas; pessoas exageradamente compulsivas, com baixação de músicas e filmes. Pra um cara doentio mesmo, tipo Michael Douglas ou Tiger Woods? Droga pesada nele: baixação de músicas, filmes e séries. Se não funcionar é porque o problema deve ser incurável; talvez se trate de um tarado em papel.

Enfim, é muito legal tudo isso. Daí me perguntam: E esse lance de GPS, você também curte? Bem, o GPS é um caso à parte, mas depois eu conto.

9 comentários:

  1. Cara, ate hoje nunca usei GPS...acho meio sem necessidade pra cidade pequena onde eu moro
    Estou ajudando uma amiga na divulgação do blog, se puder comentar e ajudar...Abraço
    http://gihcamp.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Arigaatoo porr ter seguidoo meu blogg^^
    jaa estouu seguinndoo oo seuu^^!!

    ee simm a tecnologia anda muito avançada ao invez de vermos crianças brincado de bola na rua oq nos vemos?? ruas desertas onde eles estao?? certamente em casa na internet ou no playstation 2 :s o mundo ta ficando muito a merce das tecnologias deveriam mudar isso ^^

    ResponderExcluir
  3. Muito legal cara...ja seguindo
    Se liga no meu velhinho
    http://artediorama.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Eu particularmente, vivo em torno da tecnologia, e sinceramente, não vejo problema nisso, fazer o que né.
    Eu, acho que talvez a grande maioria descorde de min, acho que a tecnologia não deve acabar para as crianças brincarem mais nas ruas, tudo tem sua época, e talvez, a época da mulecada correndo na rua já tenha passado. Talvez hoje a grande diversão sejá mesmo jogar um jogo de videogame, e qual o problema nisso?
    Mas fazer o que, a tecnologia gera e sempre vai gerar discussões, embora eu sejá completamente adepto como você.

    ResponderExcluir
  5. Gabriel, eu sou adepto da tecnologia, como o texto diz. Mas vou te dizer, brincar na rua, quando eu era criança, era bom demais! Pena que, hoje em dia, brincar na rua não é sequer uma opção... Abçs.

    ResponderExcluir
  6. Baixar filmes, músicas e ver seriados online é comigo mesmo. Troco e-mail e tenho perfis em redes sociais. Mas ainda prefiro o livro de papel por ser mais agradável de ler.

    ResponderExcluir
  7. seguindo seu blog ...sucesso se possivel me siga tbm :)

    ResponderExcluir
  8. huashuas futebol mas impoortante que a saúde rsrsrs, gostei a tecnologia é uma coisa maravilhosa haa meu Deus o que seria de mim sem ela...rsrs kkkk

    bjs

    ResponderExcluir
  9. Tiago, concordo em grande parte com voce no que se refere ao que a tecnologia nos proporciona quanto a nos comunicar a ter informações quase que imediatas de paises mais distantes, de voce poder falar com seu pai por e-mail, enfim tudo isso acho realmente incrivél e compactuo com tudo isso, fazendo o mesmo, mas tem uma coisa que não concordo é o que voce fala sobre o celular, primeiro porque não vejo um homem se sentir presente na vida familiar pelo simples fato de atender uma ligação telefonica de sua mulher(ele não esta presente certo?), e isso não lhe deixa nem um pouco uma pessoa melhor.
    Pois como voce mesmo diz no final do paragrafo:"Tudo bem, não é bem assim, mas não é culpa da tecnologia"!!! rsrsrsrsrs!!!Eu odeio celular e vivo bem sem ele, nossa como éramos felizes sem celular, eu penso assim desculpa, sei que tem seu valor sim, mas não pra avisar a mulher que voce esta num bar com amigos e achar que esta tudo bem... nossa voce vai me achar uma mala, mas perco oamigo mas não a piadarsrsrsr quanto ao resto realmente é o que há!!! a tecnologia é tudo de bom!!!
    desculpa pela brincadeira eu gostei muito do seu blog, voce ja é seguidor do blog do meu filhote de 12 anos o Gabriel mont serrat e spero que vc me siga um dia.
    beijarinhos proce!!!
    Rosa Mont Serrat

    ResponderExcluir